Imagem destacada: Reprodução internet.
Muitos ficarão surpresos com essa afirmação. Muitos não vão entender. Alguns poucos vão pensar que estou variando das ideias ou que virei a casaca.
Nada disso faz sentido. As saudades às quais me refiro têm como referência, a boa política, o jogo bem jogado de uma fase da história que não sabemos como, se perdeu em posições absurdas, em opiniões pessoais que não representam o ideário do povo, ou, pelo menos parte desse povo.
Fernando Henrique, José Serra e Geraldo Alkmin são representantes de uma política responsável, representantes de ideias divergentes e defendidas com argumentos ideológicos ou não, mas, que não recorriam a mentiras, manipulações de discursos e até com afirmações que não se fundamentam na razão. A política é um jogo que quando bem jogado, implanta uma ideia de governo e uma forma de governar que tem nas mais diversas formas o poder de convencer e de fazer valer a política como forma negociada de governar.
Hoje quando vemos um determinado grupo político usar de meios, mecanismos e manipulação de ideias, sem ter a responsabilidade de pelo menos respeitar a verdade de fatos e conceitos, distorcendo com essa manipulação midiática tão bem executada por quem não quer saber de que meios usar para chegar ao poder e dele usufruir sem constrangimento algum, nos sentimos saudosos de representantes que foram só políticos e não mentirosos que ousam influenciar o ideário popular com essa exploração midiática.
Lamentável ver que isso encontre ouvidos em quem é menos informado ou que prega o caos para justificar a mudança nas diretrizes do governo vigente, uma boa parte da imprensa tem culpa nisso. Ou por pura má fé ou por projetar algum ganho pessoal lá na frente se isso vingar e o desastre novamente nos bater à porta.
Somos um país democrático, convivemos muito bem com a diversidade de raça, religião, opção sexual e sobretudo política. Somos grandes por isso. Algumas minorias, ditas de elite, só por conta do capital depositado nos bancos financiam esse embate desigual, de um lado um grupo que não sabe fazer uso (por puro caráterda proposta do caos, e o outro que não tem responsabilidade, ética, caráter ou compromisso com o ideário popular. Esse grupo tenta se impor tecendo versões inimagináveis de situações hipotéticas pregando a violência como solução para se resolver até brigas de vizinhos. Frequentemente ouvimos: essa é uma luta do bem contra o mal.
Adonaram-se da verdade, tomaram para si a proposta de que só a causa deles é verdadeira. Precisamos repetir à exaustão: ninguém é dono da verdade; o seu direito não é maior que o meu. O limiar desse entendimento seria o limite a ser discutido. Mas, isso teria que ser discutido de forma racional, responsável, sem a imposição da força. Precisamos entender o período extremamente dificultoso que estamos vivendo. Precisamos entender quem está mentindo, quem está manipulando e quem realmente está representando o ideário popular. Feito isso (que não é tarefa fácilpoderemos pensar em continuar em optar por esse ou outro grupo político que represente de forma mais coerente esse ideário.
Paulo Sergio C. Azevedo
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