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Breves considerações

Publicada em: 15/05/2024 14:29 - Opinião

 

Imagem destacada: Reprodução Internet.

Não tenho isenção suficiente para fazer uma análise fria, sem contaminação da minha opinião pelo limite ideológico.

Sem nenhuma simpatia pelo caráter ideológico que tomou força nos últimos tempos em nosso ideário político, qualquer juízo que faça em relação à tragédia que se abateu sobre o Rio Grande do Sul, corre o risco de ser contaminado por essa antipatia ao extremismo político representado pela direita. Mas, não tenho como não criticar a posição do governador daquele estado como, no mínimo, ingrata. O governador tem se posicionado de forma dúbia quanto às providências que, desde a primeira hora, estão sendo tomadas pelo governo federal, com o intuito de minimizar, ajudar, dar condições de resposta e enfrentamento ao desastre.

Desde o início da veiculação das notícias, foi montada uma indústria de notícias falsas no que tange às ações tomadas pelo governo federal no pronto atendimento às necessidades urgentes do povo gaúcho.

O momento não seria de crispação política, não seria o momento de se tirar proveito da tragédia de um povo, de um estado que tem de forma muito incisiva se posicionado por simpatias extremistas. O governo federal não olhou para a ideologia política predominante naquele estado. Lula não disse: “o Rio Grande do Sul é um estado perdido”. Ao contrário. Fez e está fazendo tudo que cabe a um governante ciente dos seus deveres como governante. Foi ao local do desastre, levou ministros, levou a representação política do estado brasileiro os presidentes da Câmara e do Senado, como também o representante do poder judiciário. Está dando uma demonstração de civilidade política, de responsabilidade civil de engajamento e solidariedade com o povo gaúcho. O povo gaúcho não teve o seu drama minimizado ou excluído da agenda de importância, como sofreu, por exemplo, o povo baiano com a discriminação de ser “um estado perdido".

Cabe ao governador, ser honesto, ser responsável e deixar claro o que está sendo feito pelo governo federal em socorro ao estado e ao povo gaúcho. O governador em entrevistas tem minimizado a ajuda monumental que está recebendo do poder executivo. Em nenhum momento as ações do governo federal foram citadas com a importância que se deveria demonstrar. Não se trata de agradecer a Lula os favores. Lula tem obrigação de atender às demandas do povo gaúcho. Afinal, ele é o presidente, ele é que tem que corresponder à altura o cargo que ocupa. Agora, o governador, está sendo omisso em reconhecer as providência, que não são favores, são obrigação do estado brasileiro, hora, representado, pelo presidente Lula.

Um esclarecimento oficial divulgado em nota, o reconhecimento oficial externado pelo governador, nas várias entrevistas concedidas à imprensa, ajudaria a dirimir dúvidas, a combater esse mal que se abate sobre tudo o que é notícia, não só no Brasil, mas, no mundo. A indústria das notícias falsas que corrompe o exercício da democracia que, de forma caluniosa, irresponsável, tem servido no Brasil, manter vivo um propósito político, um propósito de poder.

Esse pessoal não tem qualquer compromisso com o bem estar do povo gaúcho. Estão usando uma catástrofe como trampolim para a consolidação de um estado de direito duvidoso, embasado na mentira e na proposta do nada, a não ser um imenso vazio de empatia com o povo.

 

Paulo Sergio C. Azevedo

 

Gráfico

 

 

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